16 de Janeiro de 1992: terminou o mais longo “Dakar” de sempre

O "Dakar" que hoje se disputa na América do Sul não é marcado pelas dificuldades que estiveram associadas à maioria das edições que tiveram lugar entre 1979 e 2007 no continente africano. Continua a ser uma maratona, mas, tal como em qualquer prova com estas características, o percurso e o ambiente têm um peso fundamental.

Por isso, não temos dúvidas em afirmar que o Paris-Sirte-Cape Town foi a mais dura e exigente prova da história. Entre 16 de Dezembro e 8 de Janeiro, uma caravana que integrava à partida 133 carros, 98 motos e 101 camiões, partiu para uma aventura que cruzou a Líbia, Níger, Chade, República Centro Africana, Camarões, Congo, Angola e Namíbia, antes de chegar à África do Sul.

Hoje, tendo em conta o terrorismo, seria impensável atravessar certos países do Norte de África, mas nessa altura a ditadura de Muammar al-Kadafi tornou mais segura a travessia da Líbia do que a passagem pelo Congo ou por Angola, em período de guerra civil, marcada por compadrios regionais.

Para além disso, a dureza da prova foi determinante. Apenas 169 concorrentes, dos 332 que partiram de Paris, terminaram os 12 427 km, 6 263 km dos quais ao cronómetro. No final a Mitsubishi fez a festa com Auriol/Monnet, enquanto Stephane Peterhansel (Yamaha) ganhou nas motos e Perlini/Albiero/Vinante (Perlini) nos camiões.

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